Lady Gaga agita Copacabana com show que promete marcar o Brasil
Lady Gaga está pronta para fazer história no Brasil com um megashow gratuito na Praia de Copacabana, agendado para 3 de maio, um evento que já mobiliza o setor de eventos, turismo e entretenimento em todo o país. Confirmado em 21 de fevereiro, após meses de rumores que começaram em novembro de 2024, o espetáculo segue os passos do show de Madonna em 2024, que atraiu 1,6 milhão de pessoas e injetou R$ 293,4 milhões na economia do Rio de Janeiro. Desta vez, a expectativa é ainda maior, com projeções de que a estrela pop reúna a maior plateia de sua carreira, superando os 132 mil espectadores do Super Bowl de 2017. A procura por hospedagens na cidade disparou, com um aumento de 226% nas buscas em plataformas como Booking.com, e hotéis em Copacabana já registram 40% de ocupação para o período, com tendência de chegar a 90% até a data. O evento, parte do projeto “Todo Mundo no Rio” da produtora Bonus Track, tem apoio da Prefeitura do Rio e patrocínio do banco Itaú, que planejam uma transmissão ao vivo na TV Globo, Multishow e Globoplay, alcançando milhões de espectadores. Para os fãs brasileiros, conhecidos como “little monsters”, o show representa uma redenção após o cancelamento da apresentação de Gaga no Rock in Rio de 2017, quando ela desistiu por problemas de saúde relacionados à fibromialgia A escolha do Rio como palco reflete um plano maior de transformar maio em um mês de celebrações musicais, o “Celebration May”, com shows internacionais gratuitos. Gaga, que não se apresenta no Brasil desde 2012, promete um espetáculo único, fora da turnê de seu novo álbum “Mayhem”, que terá início no Coachella em abril.
Organizado em um espaço de 28 mil metros quadrados na orla, o evento deve gerar empregos temporários e aquecer o comércio local, consolidando o Brasil como um destino atrativo para megaproduções globais. Retorno de Gaga após 13 anos de espera
Lady Gaga volta ao Brasil após uma ausência de 13 anos, desde a turnê “Born This Way Ball” em 2012, que passou por Rio, São Paulo e Porto Alegre, reunindo cerca de 120 mil fãs. O show em Copacabana marca um novo capítulo em sua relação com o público brasileiro.
Para os “little monsters”, o evento é mais do que uma apresentação: é uma resposta ao cancelamento de 2017, quando Gaga deixou o Rock in Rio na véspera, gerando o meme “Brazil, I’m devastated”. Agora, ela retorna com força total, prometendo emocionar a multidão na praia mais famosa do Rio. Uma estrutura gigantesca para um show histórico
O megashow de Lady Gaga demandará uma infraestrutura impressionante na Praia de Copacabana. Com 28 mil metros quadrados reservados, a produção inclui um palco principal equivalente a três quadras, telões ao longo da orla e banheiros químicos para suportar a multidão esperada de até 1,5 milhão de pessoas.
A montagem começará em março, com segurança reforçada por policiamento e barreiras, seguindo o padrão usado no Réveillon e no evento de Madonna. A transmissão ao vivo ampliará o alcance, chegando a lares em todo o Brasil e no exterior. Passagem de Gaga pelo Brasil e o impacto dos fãs
A história de Lady Gaga com o Brasil começou em 2012, quando a turnê “Born This Way Ball” trouxe a cantora ao Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, atraindo cerca de 120 mil pessoas em três shows pagos. Na época, Gaga estava no auge após o lançamento de “Born This Way”, e sua presença gerou cenas de histeria entre os fãs, que lotaram estádios e ginásios para vê-la. O ponto alto foi no Rio, onde ela se apresentou no Parque dos Atletas, com um público de aproximadamente 60 mil pessoas, mostrando o potencial do mercado brasileiro para grandes artistas internacionais. Cinco anos depois, em 2017, a expectativa de revê-la no Rock in Rio foi frustrada pelo cancelamento devido à fibromialgia, uma condição que a afastou dos palcos temporariamente e deixou os “little monsters” com um vazio que agora será preenchido em Copacabana.
Em 21 de fevereiro, Gaga anunciou o retorno nas redes sociais, destacando a importância dos fãs brasileiros: “Vocês foram essenciais na energia dos little monsters ao longo da minha carreira”. O show de maio não faz parte da turnê “Mayhem”, mas será uma apresentação especial, pensada para o público brasileiro e para marcar sua volta após 13 anos. A escolha do dia 3, aproveitando o feriado prolongado do Dia do Trabalho, deve atrair visitantes de todo o país, ampliando o impacto do evento.
Os fãs já se organizam para garantir os melhores lugares na praia, com grupos nas redes sociais planejando chegar dias antes. A memória do show de Madonna, que lotou Copacabana com 1,6 milhão de pessoas, serve como referência para o que está por vir.
Efeito econômico reflete o poder de Gaga
O impacto econômico do megashow de Lady Gaga vai muito além do palco. O evento de Madonna em 2024, com um investimento de R$ 10 milhões da prefeitura e R$ 283,4 milhões de patrocinadores como o Itaú, gerou um retorno de R$ 293,4 milhões para o Rio, com cada visitante gastando em média R$ 1.000 em hospedagem, alimentação e transporte. Para Gaga, as projeções são ainda mais otimistas, considerando sua base de fãs global e o alcance midiático esperado. A produção, orçada em R$ 30 milhões, será financiada por parcerias público-privadas, incluindo incentivos fiscais, e deve movimentar cerca de 5 mil empregos temporários, de seguranças a montadores de palco.
Hotéis em Copacabana e Leme já sentem o “efeito Gaga”. Desde os rumores em novembro de 2024, a ocupação subiu para 40%, com expectativa de chegar a 90% ou mais até maio. Alfredo Lopes, do HotéisRIO, comparou o evento ao Réveillon, mas destacou que megashows concentram turistas na Zona Sul, elevando as tarifas hoteleiras. Plataformas como Decolar registram alta na procura por passagens aéreas, especialmente de fãs dos Estados Unidos e Canadá, onde a notícia reverberou fortemente.
O comércio local também se beneficia. Bares, restaurantes e vendedores ambulantes esperam um fim de semana movimentado, enquanto a exposição do evento deve gerar 46 milhões de dólares em publicidade espontânea para o Rio, reforçando sua imagem como capital cultural