Mulher morta esfaqueada na Praia da Barra foi vítima de crime premeditado por ex-marido, afirma família
Nádia Aparecida Alves Lages, de 49 anos, chegou a ser levada para hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos
Os familiares de Nádia Aparecida Alves Lages, de 49 anos, afirmam que o principal suspeito do crime é Eduardo Henrique, de 54 anos, ex-marido da vítima. Nádia foi encontrada ferida na Praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, após ser esfaqueada na noite de quinta-feira. Sara Cristina Alves Lage, de 20 anos, uma das filhas do casal, relatou que o suspeito entrou em contato com ela por aplicativo de mensagens logo após o crime, informando que havia a matado. Além disso, Sara conta que Eduardo também compartilhou fotos íntimas de Nádia. — Depois de tudo que ele fez, ele ainda mandou uma mensagem para nós dizendo que tinha matado ela. Ainda por cima divulgou fotos íntimas dela nas redes sociais. Estamos só pedindo justiça porque estamos perdendo os dois de uma vez só, já que ele vai ter que pagar pelo que fez — conta Sara Cristina. Os parentes relatam que o casal estava separado há dois meses. Nádia e Eduardo têm três filhos juntos — além de Sara, um adolescente de 16 anos e um rapaz de 23 — e eram casados há 30 anos. Ela morava em Barra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio. A sobrinha de Nádia, Ester Alves, de 28 anos, aponta que o crime teria sido premeditado e motivado por uma suposta traição. — A minha tia trabalhava como diarista em um edifício na Barra da Tijuca. Acredito que ele ficou esperando ela sair do serviço para cometer o crime. Eles estavam separados há dois meses e ele nunca tinha sido agressivo com ela. Só que com a separação ele tacou fogo nas roupas dela, foi a única vez que ele foi mais violento, aí ela pediu medida protetiva contra ele — destaca Ester.
A filha e a sobrinha de Nádia lembram que a vítima era conhecida como uma pessoa tranquila e que sempre tentava ajudar amigos e familiares:
— Ela era um exemplo de mãe, trabalhava muito, não deixava faltar nada. Ela sempre nos ajudava e era prestativa com todo mundo que conhecia.
Apesar de a polícia trabalhar também com a hipótese de estupro, a família acredita que o crime não tenha acontecido. Para Ester, o maior objetivo de Eduardo era matar Nádia.
— Não acho que ele tenha estuprado ela, mas vamos aguardar para ver o resto do resultado da perícia. Ele só queria ver a minha tia morta porque não conseguia nem imaginar ela com outra pessoa — aponta a sobrinha da vítima.
A Polícia Militar afirmou que o 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes) foi acionado para o local e encontrou a vítima ferida. O Corpo de Bombeiros foi chamado ao local e levou a vítima para o Hospital municipal Lourenço Jorge, também na Barra, onde foi constatada a morte.O corpo da mulher passará por exames no Instituto Médico-Legal (IML). A investigação está a cargo da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que faz diligências para apurar a autoria do crime.