Ouvir rádio

Pausar rádio

Offline
Podcast Francamente com Vitor Martins
Podcast Francamente com Daniel Oliver
rede uniao de radios

ronaldo josé

j freita

felipe queiroz

n

santa rosa
radio metropole
zv web radio
Buchecha relembra críticas e primeiro disco com Claudinho: 'Falaram para gente passar pó na cara para ficarmos bonito'
Novidades
Publicado em 02/08/2023

Buchecha relembra críticas e primeiro disco com Claudinho: 'Falaram para gente passar pó na cara para ficarmos bonito'

História da dupla vai ser contada nos cinemas a partir no filme "Nosso sonho"

Buchecha relembrou nesta quarta-feira, 2, o primeiro álbum que lançou com amigo Claudinho, em 1996, quando a dupla de funk carioca estourou no país. O cantor revelou bastidores da foto que os dois fizeram para a capa do CD que vendeu mais de 750 mil cópias e diz que eles foram orientados a usar "pó na cara" para "ficarem bonitos"."É, meu compadre Claudinho, para fazer essa simples foto aí foi difícil (risos). Nunca tínhamos passado pó na cara na vida, mas falaram pra gente que tinha que passar pra 'ficar bonito'. Mandaram a gente sorrir, aí está (risos)", iniciou Buchecha, citando o amigo, que morreu em 2002, vítima de uma acidente de carro. Em seguida, o funkeiro fala das crítica que a dupla recebeu ao começar a fazer sucesso. "Depois vieram as muitas críticas porque entrávamos nos palcos não mais só com DJ, mas também com uma banda completa, violão, guitarra, bateria, baixo e DJ. Ouvimos: 'vocês estão querendo 'empleiboyzar o funk'. Foi dolorido ouvir essas coisas. Foi frustrante não sermos compreendidos. Ouvimos críticas de 'gente nossa', mas foi assim", desabafou Buchecha.

Ele também fala da mensagem positiva que a dupla, formada numa favela do Rio de Janeiro, sempre procurou passar com suas músicas.

"A verdade é que embora a gente entendia que o funk tinha que ir além, tinha que ser ouvido por mais pessoas, produzido e consumido pela multidão que ainda torcia o nariz para revolução cultural que acontecia no gueto carioca. Enfim, queríamos fazer músicas alegres, mesmo convivendo com tantas desgraças sociais. A gente não queria fazer música revoltosa, nem revanchista, nem odiosa, nem bancar de mcs bandidos, nem reportar preconceitos factuais. A gente só queria cantar em paz. A gente sempre quis mostrar o OUTRO LADO DA FAVELA, a honestidade, a força de vontade, a alegria, a paz e o amor. Sem desmerecer ninguém. Sem fechar os olhos pra realidade. Sem acuarmos diante das dificuldades e sem acharmos que SOMOS MELHORES. Somos iguais,somos cerejinhas do bolo que todos ajudaram a fazer. Somos servos do funk, prazer em servir. E assim foi, assim sempre será. Até cinema a nossa história virou", disse o funkeiro. A história da dupla será contado no cinema a partir do dia 21 de setembro, quando estreia o filme "Nosso sonho".

Comentários