Bastidores: como agiram Pedro, jogadores, Sampaoli, preparador e diretoria do Flamengo em episódio de agressão
Caso aconteceu após vitória sobre o Atlético-MG em Belo Horizonte
O episódio de agressão do preparador físico Pablo Fernández ao atacante Pedro aconteceu enquanto boa parte dos jogadores do Flamengo comemorava no campo a vitória sobre o Atlético-MG por 2 a 1. A diretoria, por sua vez, ainda estava atenta às movimentações em relação às reclamações contra a arbitragem, e a pressão dos adversários nos acessos ao vestiário.
O técnico Jorge Sampaoli não presenciou a confusão, chegou pouco depois. Pedro saiu do campo sem aquecer, desrespeitando a ordem do preparador, que foi tirar satisfações no vestiário. O atacante desceu acompanhado de Santos, Thiago Maia, Pablo (zagueiro) e Cebolinha. Quando o preparador o interpelou sobre não ter acatado a ordem, falou e lhe deu três tapinhas no rosto.
Pedro, então, segurou a mão de Pablo, que voltou com um soco na boca do atacante. O jogador, segundo relatos, não esboçou reação pois logo chegou a turma do "deixa disso".
Os demais atletas foram chegando no vestiário e os que viram a cena se voltaram contra o preparador. Todos acalmaram Pedro e passaram a cobrar Pablo Fernández. Sampaoli não se envolveu.
A diretoria, que também chegou depois, foi pega de surpresa. Nesse momento, o vice de futebol Marcos Braz assumiu as rédeas da situação, e disse que faria o que a lei manda.
O dirigente foi o único a enfrentar a crise de frente e falar diretamente com Sampaoli e Pablo Fernández. Acionou a polícia e se encaminhou para a delegacia para Pedro prestar depoimento. O gerente Gabriel Andreata, que tem função ligada à comissão de Sampaoli, não queria que o preparador físico fosse para a delegacia, e tentou contemporizar.
Após reclamações contra a arbitragem, Bruno Spindel entrou em cena e fez coro com Braz. O respaldo a Pedro era a prioridade, e foi feito também por jogadores que acompanharam o ocorrido.