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Famílias de outras crianças que também foram agredidas em escola de São João de Meriti prestam queixa
Novidades
Publicado em 30/04/2023

Famílias de outras crianças que também foram agredidas em escola de São João de Meriti prestam queixa

Mães relatam que esperam que a direção dê garantias de segurança para os seus filhos no retorno às aulas, na terça-feira

Familiares de outras duas crianças que também relataram terem sido agredidas por colegas de classe do 6º ano da Escola Municipal Graça Grijó, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, durante dinâmica aplicada por uma professora de história no turno da manhã, prestaram queixa na polícia, assim como a família do menino Pedro Henrique de Sousa Silva, de 11 anos, e contam que estão apreensivas com o retorno dos filhos às aulas, na terça-feira. Mesmo após o afastamento da professora que propôs, na última segunda-feira, que os alunos que não soubessem responder com um meme "pagassem um mico ou levassem uma moca", elas esperam um posicionamento sobre o acolhimento das crianças. A costureira Ana Paula Almeida conta que levou o filho Wallace, de 11 anos, para fazer exame de corpo de delito, nesta sexta-feira, após prestar queixa na polícia, e que, apesar de o resultado não apontar lesões, a agressão sofrida causa traumas. Ela espera que a escola dê garantias de segurança no retorno do seu filho.

— Na segunda, quando ele me contou dessa "brincadeira" promovida pela professora, ele não deu detalhes e não tive noção da gravidade.  Na quarta, a família do Pedro Henrique nos procurou e entendi o que aconteceu e prestei queixa também. Apesar de meu filho não ter se machucado tanto quanto o colega, que sofreu lesões, o que todos passaram foi um absurdo. Uma professora promover algo desse tipo, colocando os colegas uns contra os outros, é inaceitável de qualquer forma, principalmente nesses tempos de relatos de ataques em escolas. Na terça, quando levá-lo à escola, quero que me digam como vão cuidar da segurança das crianças agora.

A podologista Daniely Manhães, diz que está com receio de como a escola e os outros colegas irão receber sua filha Kailly, que também relatou ter sido agredida após o caso do coleguinha vir à tona. A mãe da menina também registrou queixa e aguarda o resultado do exame de corpo de delito. — Eu espero que a escola faça uma reunião com pais e alunos, esclarecendo os fatos e garantindo que isso não aconteça novamente. Deve haver uma campanha na escola para que casos como esse não voltem a acontecer. Eu e minha filha temos uma relação muito boa. Conversamos sobre tudo, não sei porque ela não me contou o que realmente aconteceu. Acredito que nem ela tenha noção de que isso foi uma agressão. Como foi feito como uma "brincadeira", eles só viram que era sério quando se machucaram. Ela sentiu dores na parte de trás da cabeça por uns quatro dias. Hoje, só quando  encosta no local. Ela ficou muito triste, principalmente pelo Pedro, que se machucou mais — relata a mãe da menina.

 

De acordo com a prefeitura de São João de Meriti, “a Secretaria de Educação informa que rescindiu, assim que soube do ocorrido, o contrato da professora. Ela trabalhava há um mês na unidade, não era concursada. A pasta também abriu uma sindicância para apurar todos os fatos e continuar tomando as medidas cabíveis para que isso nunca mais se repita.”

O caso está sendo investigado pela 64ª DP, que intimou a professora a prestar depoimento.

 

 

 

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