Ataque em escola deixa duas pessoas feridas em GO; suspeito é adolescente de 13 anos
Segundo a PM, as vítimas foram socorridas rapidamente e não apresentam ferimentos graves. Adolescente foi apreendido
Um adolescente de 13 anos foi apreendido pela Polícia Militar de Goiás após atacar três pessoas em um colégio estadual do município de Santa Tereza de Goiás, nesta terça-feira. Duas adolescentes ficaram feridas sem gravidade. Segundo a Secretaria de Educação, ele atacou as meninas com uma faca e foi contido por uma professora, que não se feriu. As alunas tiveram ferimentos leves, receberam atendimento médico rapidamente e uma delas já está em casa, segundo o governo do estado. Ainda segundo a Secretaria de Educação, o suspeito do ataque não tem histórico de violência na comunidade escolar. Ele foi levado para a delegacia da região.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, as forças policiais de Goiás, com foco no Batalhão Escolar e na Delegacia de Crimes Cibernéticos, têm estado atentas a pessoas que possam praticar ou incentivar esse tipo de atentado.
Por medo, segurança intensificada no país
Após 22 ocorrências violentas desde 2002, sendo nove apenas nos últimos oito meses, escolas e redes de ensino de todo o país, públicas e particulares, estão investindo cada vez mais em medidas de segurança para dar respostas rápidas a famílias, alunos e sociedade.
Com a morte de quatro crianças em ataque a creche em Blumenau, Santa Catarina, na última quarta-feira, o debate se intensificou, e já são anunciadas novidades como adoção de detectores de metal e até de seguranças armados.
Amábile Pacios, vice-presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), diz ser contra o uso de arma de fogo, mas adianta que a entidade está articulando cursos para funcionários de portaria e de vigilância, que abordem técnicas de imobilização, de autodefesa e de reconhecimento de armas brancas e de fogo. Ela critica a lei que impede a revista física e de mochilas de alunos e defende que ela seja revogada. — Há estudos que comprovam que ambientes com armas tendem a ser mais violentos, então a proposta é dar o devido treinamento para que os profissionais estejam capacitados para atuar na defesa dos alunos. As escolas são orientadas a adotar câmeras de segurança, catracas e outros meios conforme o porte e a necessidade — afirma Pacios, acrescentando um alerta. — Mas, para que o efeito seja amplo, é preciso haver políticas públicas que coloquem mais policiais da patrulha escolar nas ruas, visto que a quantidade de agentes hoje não é suficiente para suprir as necessidades.