Morre Pelé, o Rei do futebol, aos 82 anos
Depois de meses tratando de um câncer, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, considerado o maior jogador de futebol de todos os tempos, morreu nesta quinta-feira, aos 82 anos. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde o dia 29 de novembro e, nos últimos dias, não vinha mais respondendo ao tratamento.
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Identificado inicialmente no cólon (uma parte do intestino grosso), o câncer com o tempo se espalhou pelo organismo e chegou ao fígado e pulmão. Os rins e o coração também já estavam com o funcionamento afetado.
Longa luta
A saúde do Rei era motivo de preocupação desde agosto do ano passado, quando ele foi internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, após exames de rotina detectarem um tumor no cólon. Por meio de suas redes sociais, Pelé negou que tivesse desmaiado como havia sido noticiado e informou que havia dado entrada na unidade para fazer exames periódicos. "Estou muito bem de saúde", dizia parte da mensagem. Dias depois, em 4 de setembro, ele passou por cirurgia para a retirada do tumor.
Em dezembro, o ex-atleta voltou ao hospital para dar continuidade ao tratamento. Em suas redes, o Rei comunicou que faria a última sessão de quimioterapia do ano, além de uma nova bateria de exames. Posteriormente, ele apareceu em fotos em casa e chegou até a gravar mensagem em vídeo destinada a Cristiano Ronaldo para uma homenagem no evento "The Best", da Fifa.
Em janeiro, Pelé precisou de uma nova internação para dar sequência ao tratamento do tumor de cólon. Foi nesta visita que o corpo médico diagnosticou o câncer metastático. Ou seja: com avanço generalizado. Nos últimos anos, Pelé também passou por cirurgias no quadril, procedimentos que dificultavam, principalmente, sua locomoção. Desde 2017, pelo menos, recorria ao auxílio de uma cadeira de rodas - e por isso evitava aparecer em eventos públicos. Em fevereiro de 2020, Edinho, um dos filhos do Rei, disse que o pai estava "um pouco" abatido em função do problema.
A última entrada de Pelé no Einstein, em 29 de novembro, foi para reavaliação da quimioterapia e tratamento de uma infecção respiratória. Ao contrário das internações anteriores, o ex-jogador não recebeu alta em poucos dias, o que já ligou um alerta no mundo do futebol para a gravidade da situação. Na última terça, o hospital tornou público que o Rei apresentara "progressão da doença oncológica e requer maiores cuidados relacionados às disfunções renal e cardíaca".