Filipe Luís elogia atuação, lamenta empate e evita tema Seleção: "Tenho contrato com Flamengo"
Técnico compara 1 a 1 com Inter com vitória ano passado: "Jogamos muito melhor que no 3 a 2"
Filipe Luís lamentou o 1 a 1 com o Inter na noite deste sábado no Maracanã (veja os melhores momentos no vídeo abaixo), na estreia do Flamengo no Campeonato Brasileiro. Em entrevista coletiva após a partida, o técnico rubro-negro elogiou a atuação do time e comparou o desempenho com a vitória sobre o próprio Colorado em dezembro do ano passado por 3 a 2: — Hoje, na minha opinião, jogamos muito melhor do que ano passado naquele jogo onde foi 3 a 0 no primeiro tempo e acabou 3 a 2. Porém, no resultado, não conseguimos concretizar as nossas oportunidades em gol. Eles tiveram um contra-ataque e fizeram. Depois tiveram alguma outra oportunidade de contra-ataque, mas é o que sempre digo: nós escolhemos a forma de jogar e nem sempre vamos ganhar. Mas esse é o estilo que quero ver, time pressionando, deixando o adversário em dificuldades, que não consiga tirar a bola do Flamengo, que nós sejamos os protagonistas do jogo. Depois, dependeremos de a bola entrar ou não, desses detalhes que são micro, mas claro que temos muito a corrigir como todos os jogos. Na coletiva, Filipe Luís também foi perguntado sobre a possibilidade de assumir a seleção brasileira depois da demissão de Dorival Júnior. O italiano Carlo Ancelotti, do Real Madrid, e o português Jorge Jesus, do Al Hilal, são os favoritos para a vaga, mas o treinador do Flamengo é uma das opções internamente na CBF. Porém, ele preferiu evitar o tema: — Minha semana foi o Inter. Totalmente estudando, analisando, treinando... Assisti ao jogo da Seleção, fiquei muito triste pelo Dorival, que é um grande amigo, tenho um respeito muito grande por ele, me ajudou muito. Desejo sucesso e que em breve estejamos nos enfrentando novamente no campo. Vocês me conhecem, tenho contrato com o Flamengo. A única coisa que penso é na Libertadores, o (Deportivo) Táchira. Solução para a criação
— Estou bem servido. Tinha inúimeras possibilidades. Verdade que a data fifa era complicada. O Plata chegou com dois jogos de 90 minutos e duas viagens. Gerson, Arrascaeta. Quando falta um jogador, a gente falta. Sentimos falta do Pedro, Viña. Mas os jogadores que entraram em campo eu estava com plena convicção de que fariam um grande jogo, tudo que pedi a eles. Verdade que não tinham jogados juntos, alguns em funções diferentes, mas que fizeram perfeitamente. Como você bem disse, diante de um grande adversário. O Inter não veio para empatar, veio para vencer, para tirar a bola do Flamengo e ser protagonista, mas não conseguiram. A gente conseguiu colocar o Inter em bloco baixo, esse é o mérito do Flamengo. Sobre a criação, tem outras formas de conseguir. Mas hoje não foi um problema porque criamos chances de gol. Necessidade de meias
— O que o Flamengo precisa e está fazendo é estar sempre ao mercado para trazer jogadores nível Flamengo. Não só estamos olhando meia, estamos olhando volantes, zagueiros, laterais, pontas e todas posições. Garanto que estão trabalhando bem. Dentro deste próprio elenco estamos bem servidos.
Chances perdidas
— Os atacantes vivem de números, de gols durante a temporada passam por altos e baixos nesse quesito. Está frio na frente do goleiro e esses atacantes precisam do gol para se soltarem e poderem criar. Tem dia que não vai entrar. Hoje, Juninho teve duas, três chances. Wallace, duas chances. Eles vão ter chance. Tem dia que vão converter as mais difíceis e as fáceis não vão entrar. Faz parte do futebol. Os números, cada atacante tem o seu. Tem atacante que termina o ano com 50 gols e outros com 12, 10. Como treinador posso levá-los a esta zona, que tenham oportunidades e que convertam. E dar treino para eles para que possam melhorar, mas não me preocupo.lesão poderia se proteger e falar que iria esperar. Ele, não. Colocou o corpo a serviço. Como sempre, não é novidade. Pensei colocar nessa posição como fazia com o Jorge Jesus, como segundo atacante, vindo buscar a bola no pé e o Juninho em profundidade. Ele sabe fazer. Jogou com dois atacantes em 2019 e tem o ataque espaço muito bom. O Inter tem uma qualidade defensiva importante, sabiam que ele tinha esse poder ofensivo no espaço e conseguiram neutralizar no segundo tempo. Para mim, fez um grande jogo. Sobre pressão, não é que ele estava com o Fernando. Ele e o Juninho tinha que pressionar, só que em determinados ia o Juninho ou ele. Pressionamos um time que é difícil de pressionar, tem mérito nesse sacrifício dos jogadores.
Léo Pereira preocupa?
— Pancada muito forte no joelho, está com dor, espero que não seja nada grave, porque o Léo é de altíssimo nível.
Lesões na coxa
— Lesões no futebol, 70% são posteriores de coxa, porque o modelo pede. Pressionar, há sprint. Perde, voltar, há sprint, se desmarcar no espaço, há sprint. O músculo que mais pede é esse. Oito clássicos em 12 jogos. Além do físico tem o mental. Esses jogadores, o que mais admiro, é que não guardam nada. As lesões vão acontecer. É um risco que eu corro pedindo para jogarem assim. Tem jogadores que têm mais predisposição, outros que têm menos. Tem jogadores que conseguem jogar a temporada e apenas têm apenas um problema. Tentamos dosar a carga, mas não temos controle de tudo. Às vezes fazem ações que sentem. A única lesão grande foi do Michael. As outras foram edema, sobrecarga, que tira os jogadores por 10 dias, duas semanas. Infelizmente. Mas estamos trabalhando. Com a sequência de jogos, acredito que melhore isso e que eles se condicionem cada vez melhor.
Sobre "verdadeiro" início da temporada
— Cada ano é diferente. O que falo para ele é isso, agora começou a temporada. Oito clássicos, duas finais e o ano começa agora. Desgaste de seleção, e o ano começa hoje. Não é fácil jogar depois da Data Fifa. Tem muita coisa boa, o que mais sinto é ambição dos jogadores de conquistar o campeonato. Sinto no dia a dia e por isso o ambiente está tão bom.